Como vocês perceberam, o intervalo em que costumo publicar minhas postagens aqui no blog é muito grande.
Pensando em solucionar este problema resolvi criar uma coluna semanal, na qual eu possa postar coisas interessantes de maneira rápida e prática. Assim, apresento para vocês a coluna Imagem da Semana que trará sempre uma imagem associada à algum fenômeno geográfico em destaque.
Para inaugurar mais esse espaço aqui no blog trago para vocês a Imagem da Semana #1 que não poderia deixar de ser a imagem do furacão Sandy que se aproxima da costa leste dos Estados Unidos e já causa transtornos para moradores da região mesmo antes de seu centro
tocar a terra. Mais de 116 mil pessoas estão sem energia elétrica em
sete estados, de acordo com a rede CNN, e o presidente Barack Obama
afirmou que a falta de luz pode durar vários dias. No estado de Nova
York, inundações foram registradas em Freeport, Southampton e na
capital. Em Nova Jersey, diversas ruas de Atlantic City estavam alagadas
e partes de seu calçadão, que dá nome a uma série de TV, haviam sido
destruídas pelas ondas, segundo fotos de moradores colocadas no Twitter.
Furacão Sandy, 26 de outubro de 2012, Super Rapid Scan
Furacão Sandy em sua passagem pela ilha de Cuba
Ciclone tropical é um termo geral para esse fenômeno meteorológico,
mas dependendo de sua localização geográfica e de sua intensidade, os
ciclones tropicais podem ganhar várias outras denominações, tais como furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclônica, depressão tropical ou simplesmente ciclone.
Trata-se deuma grande perturbação na atmosfera terrestre. É um sistema formado por grandes tempestades e é caracterizada por ser uma região onde a pressão atmosférica é significativamente menor e a temperatura é ligeiramente maior do que suas vizinhanças. É uma área de baixa pressão atmosférica com uma circulação fechada de ventos e diferencia-se dos ciclones extratropicais por ter um núcleo quente e um centro bastante definido em sistemas mais intensos, conhecido como olho. A grande diferença de pressão atmosférica entre o centro do ciclone e suas vizinhanças, conhecida como força de gradiente de pressão,
gera intensos ventos que podem ultrapassar 300 km/h em grandes
ciclones. Seu giro característico, no sentido anti-horário no hemisfério
norte e horário no hemisfério sul, é inicialmente causado pela força de Coriolis e postergada pela energia liberada pela condensação da umidade atmosférica. Trovoadas e chuvas torrenciais estão frequentemente associados a ciclones tropicais. Formam-se costumeiramente nas regiões trópicas, aos arredores da Linha do Equador, onde constitui uma parte do sistema de circulação atmosférica ao mover calor da região equatorial para as latitudes mais altas. O ciclone tropical é movido pela energia térmica liberada quando ar úmido sobe para camadas mais altas da atmosfera e o vapor de água associado se condensa.
Produzem ventos e chuvas
como qualquer outra região onde há significativas taxas de variação da
pressão atmosférica. Entretanto, as taxas de variação da pressão
atmosférica em ciclones tropicais são em geral muito acentuadas, e
associadas à presença de calor e umidade em abundância sobre os oceanos
quentes, as chuvas e ventos podem ser particularmente intensos. Os
ciclones tropicais também são capazes de gerar ondas fortíssimas e a maré de tempestade, uma elevação do nível do mar
também causado pelos ventos intensos quando o sistema se aproxima de
uma região costeira. Estes fatores secundários podem ser tão
devastadores quanto os ventos e as chuvas fortes. Os ciclones tropicais
formam-se a partir de perturbações atmosféricas sobre grandes massas de
água quente, onde há alta concentração de calor e umidade que funcionam
como seu combustível. No entanto, perdem sua intensidade assim que
alcançam regiões costeiras e o continente, pois o calor e a umidade já
não estão mais disponíveis. Esta é a razão de as regiões costeiras serem
geralmente as áreas mais afetadas pela passagem de um ciclone tropical;
regiões afastadas da costa são geralmente poupadas dos ventos mais
fortes. Entretanto, as chuvas torrenciais podem causar enchentes
severas e as marés de tempestade podem causar imensas inundações
costeiras; em algumas ocasiões a água do mar pode chegar a mais de 40 quilômetros da costa. Seus efeitos podem ser devastadores para a população humana, embora possam amenizar estiagens.
Muitos ciclones tropicais formam-se quando as condições atmosféricas
em torno de uma perturbação fraca na atmosfera são favoráveis. Esta é a
maneira mais comum para a formação de um sistema, mas existem outros
meios menos comuns para a formação de um ciclone tropical: um ciclone
extratropical pode estar sobre águas suficientemente quentes e imerso em
uma região com alta disponibilidade de calor e umidade, tendo todas as
condições para se transformar em um ciclone tropical. Este foi o caso do
furacão Catarina em 2004, que atingiu a costa da região sul do Brasil como um ciclone tropical com ventos de até 185 km/h.
O furacão Catarina, um ciclone tropical do Atlântico Sul raro visto da Estação Espacial Internacional em 26 de março de 2004.
Os ciclones tropicais são os causadores de alguns dos piores desastres naturais do mundo. Em 2008, o ciclone Nargis causou mais de 150 000 fatalidades em Mianmar. O ciclone de Bhola de 1970 causou mais de 300 000 mortes em Bangladesh. Algumas regiões do mundo estão mais propensas a serem atingidas por ciclones tropicais do que outras: o leste da China costuma ser atingida por dez ciclones por ano, enquanto que nas Filipinas este número pode chegar a vinte. Japão, Austrália, Madagascar, os países do Caribe, México e os Estados Unidos
também são atingidos por ciclones todo ano, mas em geral esses países
estão mais preparados para a eventual chegada de um ciclone tropical: os
Estados Unidos, por exemplo, têm uma agência especial para a previsão e
monitoramento de ciclones, o Centro Nacional de Furacões. Entretanto, outros países são menos propensos ou nunca recebem em suas costas um ciclone tropical. Os países banhados pelo Mar Arábico e o Golfo de Bengala podem ser afetados por ciclones tropicais de grande intensidade uma vez em cinco anos, enquanto que o Atlântico Sul, onde as águas são demasiadamente frias para suportar ciclones tropicais, a geração desses sistemas têm ficado mais comum.
Atualização 30/10/2012
Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30) (Foto: AP)
Como é escolhido o nome de um furacão?
Inicialmente, eles não tinham nome ou eram identificados pelo
santo do dia em que atingiam a terra.
Segundo historiadores, foi um meteorologista australiano que, no
começo do século XX, começou a dar aos furacões nomes de pessoas
comuns, especialmente daquelas que ele detestava.
A partir de 1953, o serviço de meteorologia adotou formalmente
nomes de mulheres para identificar as tormentas. Em 1979 começaram
a ser usados também nomes masculinos. Hoje, o comitê da
Organização Meteorológica Mundial, com sede em Genebra, é quem
decide.
Os nomes não devem ser traduzidos e são escolhidos nos idiomas das
regiões afetadas. Assim, as tormentas no oceano Atlântico Norte
recebem nomes próprios em inglês, espanhol e francês. Para cada
temporada, são feitas listas com 21 nomes, em ordem alfabética,
alternando masculinos e femininos.
As letras q, u, x, y e z não são usadas, porque poucos nomes
começam com elas. Este ano, o último da lista é Wilma. Se houver
mais de 21 tormentas, o que nunca ocorreu, a identificação segue
com as letras do alfabeto grego: furacão Alfa, Beta, Gamma e assim
por diante. Todo ano, há uma lista predeterminada com nomes comuns
(aos países anglo-saxônicos) e curtos, que intercalam um nome de
homem e um de mulher na seqüência alfabética (feito desta maneira
desde os anos 70). Se no período desse ano, ocorrerem mais
fenômenos que os nomes definidos na lista, a Organização
Meteorológica Mundial em 2005 teve que apelar (pela primeira vez
na história) ao alfabeto grego, ou seja, os próximos fenômenos
tiveram os nomes: ALFA, BETA, e assim por diante.
(Texto extraído de http://www.paralerepensar.com.br/josefier_furacoesenomesdemulher.htm em 30/10/2012)
Lista de nomes de ciclones tropicais
Lista de nomes de furacões do Atlântico
Lista de nomes de furacões do Pacífico nordeste
De acordo com a NOAA:
"Sempre que um furacão causa um impacto
significativo, o país afetado pela tempestade pode solicitar que o nome
do furacão seja "aposentado" por acordo com a Organização Meteorológica
Mundial (OMM). Na verdade, aposentar um nome significa que ele não
poderá ser usado pelo menos por 10 anos para facilitar referências
históricas, ações legais, atividades de indenização por seguro, etc, e
evitar a confusão do público com outra tempestade de mesmo nome".
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