sábado, 10 de novembro de 2012

Imagem da Semana #2

Olá pessoal!
Aqui estou para postar para vocês a Imagem da Semana #2. Demorou, mas antes tarde do que nunca.


 

Depois da Imagem da Semana #1 abordar a passagem da super tempestade Sandy pela costa leste dos Estados Unidos a Imagem da Semana #2 traz uma imagem mais suave.

A equipe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, postou uma foto no Facebook para comemorar a vitória do candidato democrata sobre Mitt Romney nas eleições americanas, que aconteceram nesta terça-feira (6).

Mais de 2,1 milhões de pessoas “curtiram” a imagem do presidente reeleito abraçando a mulher, Michelle Obama, transformando a foto na imagem mais “curtida” da história da rede social.

Antes, a foto já havia se tornado a mais “retuitada” de todos os tempos na rede de microblogs Twitter, segundo dados do site especializado em internet, BuzzFeed.

Várias celebridades, como Beyoncé, Lady Gaga, Mariah Carey, Rihanna e muitas outras, também utilizaram as redes sociais para comemorar a vitória de Obama. (GC)   

O que isso tem a ver com o Brasil? A resposta é fácil. Os Estados Unidos não só tem hegemonia no continente americano mas  são uma grande potência mundial, refletidos na questão econômica, política, militar, científica e tecnológica. O número de brasileiros que visitam os Estados Unidos cresceu tanto que já existem estudos que apontam para a retirada da exigência de visto de entrada   naquele país. Além disso, existe interesse mútuo em aumentar as trocas comerciais entre os dois países e interesse em troca de tecnologias.

A eleição americana, de acordo com especilistas, não iria alterar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos. Mas, a torcida pelo Obama era muito grande aqui. Em parte por ser negro, por ter mudado a visão dos brasileiros em relação aos americanos, antes considerados muito arrogantes, sua postura completamente diferente do seu antecessor, Bussh filho, lidar muito bem com as redes sociais etc.

Forte abraço galera.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Imagem da Semana #1

Olá pessoal!
Como vocês perceberam, o intervalo em que costumo publicar minhas postagens aqui no blog é muito grande. 
Pensando em solucionar este problema resolvi criar uma coluna semanal, na qual eu possa postar coisas interessantes de maneira rápida e prática. Assim, apresento para vocês a coluna Imagem da Semana que trará sempre uma imagem associada à algum fenômeno geográfico em destaque.
Para inaugurar mais esse espaço aqui no blog trago para vocês a Imagem da Semana #1 que não poderia deixar de ser a imagem do furacão Sandy que se aproxima da costa leste dos Estados Unidos e já causa transtornos para moradores da região mesmo antes de seu centro tocar a terra. Mais de 116 mil pessoas estão sem energia elétrica em sete estados, de acordo com a rede CNN, e o presidente Barack Obama afirmou que a falta de luz pode durar vários dias. No estado de Nova York, inundações foram registradas em Freeport, Southampton e na capital. Em Nova Jersey, diversas ruas de Atlantic City estavam alagadas e partes de seu calçadão, que dá nome a uma série de TV, haviam sido destruídas pelas ondas, segundo fotos de moradores colocadas no Twitter.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDFQR1ADvJlsSqvzXfxhF77-NSQmFXssTE57-VGUI-TVE364-bMLs6Jx9s21HUm0mnSE3VxrejhqmVF3rZfZ2vCHlaywiWXKJLAweAtVcuUczyOixEew2HOjlJY4YpvbigzYJZkZA7ZGuT/s1600/2617663-2263-rec.jpg 

http://www.tecmundo.com.br/imagens/2012/10/materias/885274602911304.jpg
Furacão Sandy se aproxima dos Estados Unidos (Fonte da imagem: NOAA/NASA GOES Project)


Furacão Sandy, 26 de outubro de 2012, Super Rapid Scan

Furacão Sandy em sua passagem pela ilha de Cuba


Ciclone tropical é um termo geral para esse fenômeno meteorológico, mas dependendo de sua localização geográfica e de sua intensidade, os ciclones tropicais podem ganhar várias outras denominações, tais como furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclônica, depressão tropical ou simplesmente ciclone.
Trata-se de uma grande perturbação na atmosfera terrestre. É um sistema formado por grandes tempestades e é caracterizada por ser uma região onde a pressão atmosférica é significativamente menor e a temperatura é ligeiramente maior do que suas vizinhanças. É uma área de baixa pressão atmosférica com uma circulação fechada de ventos e diferencia-se dos ciclones extratropicais por ter um núcleo quente e um centro bastante definido em sistemas mais intensos, conhecido como olho. A grande diferença de pressão atmosférica entre o centro do ciclone e suas vizinhanças, conhecida como força de gradiente de pressão, gera intensos ventos que podem ultrapassar 300 km/h em grandes ciclones. Seu giro característico, no sentido anti-horário no hemisfério norte e horário no hemisfério sul, é inicialmente causado pela força de Coriolis e postergada pela energia liberada pela condensação da umidade atmosférica. Trovoadas e chuvas torrenciais estão frequentemente associados a ciclones tropicais. Formam-se costumeiramente nas regiões trópicas, aos arredores da Linha do Equador, onde constitui uma parte do sistema de circulação atmosférica ao mover calor da região equatorial para as latitudes mais altas. O ciclone tropical é movido pela energia térmica liberada quando ar úmido sobe para camadas mais altas da atmosfera e o vapor de água associado se condensa.
Produzem ventos e chuvas como qualquer outra região onde há significativas taxas de variação da pressão atmosférica. Entretanto, as taxas de variação da pressão atmosférica em ciclones tropicais são em geral muito acentuadas, e associadas à presença de calor e umidade em abundância sobre os oceanos quentes, as chuvas e ventos podem ser particularmente intensos. Os ciclones tropicais também são capazes de gerar ondas fortíssimas e a maré de tempestade, uma elevação do nível do mar também causado pelos ventos intensos quando o sistema se aproxima de uma região costeira. Estes fatores secundários podem ser tão devastadores quanto os ventos e as chuvas fortes. Os ciclones tropicais formam-se a partir de perturbações atmosféricas sobre grandes massas de água quente, onde há alta concentração de calor e umidade que funcionam como seu combustível. No entanto, perdem sua intensidade assim que alcançam regiões costeiras e o continente, pois o calor e a umidade já não estão mais disponíveis. Esta é a razão de as regiões costeiras serem geralmente as áreas mais afetadas pela passagem de um ciclone tropical; regiões afastadas da costa são geralmente poupadas dos ventos mais fortes. Entretanto, as chuvas torrenciais podem causar enchentes severas e as marés de tempestade podem causar imensas inundações costeiras; em algumas ocasiões a água do mar pode chegar a mais de 40 quilômetros da costa. Seus efeitos podem ser devastadores para a população humana, embora possam amenizar estiagens.
Muitos ciclones tropicais formam-se quando as condições atmosféricas em torno de uma perturbação fraca na atmosfera são favoráveis. Esta é a maneira mais comum para a formação de um sistema, mas existem outros meios menos comuns para a formação de um ciclone tropical: um ciclone extratropical pode estar sobre águas suficientemente quentes e imerso em uma região com alta disponibilidade de calor e umidade, tendo todas as condições para se transformar em um ciclone tropical. Este foi o caso do furacão Catarina em 2004, que atingiu a costa da região sul do Brasil como um ciclone tropical com ventos de até 185 km/h.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/89/Cyclone_Catarina_from_the_ISS_on_March_26_2004.JPG
 O furacão Catarina, um ciclone tropical do Atlântico Sul raro visto da Estação Espacial Internacional em 26 de março de 2004.

Os ciclones tropicais são os causadores de alguns dos piores desastres naturais do mundo. Em 2008, o ciclone Nargis causou mais de 150 000 fatalidades em Mianmar. O ciclone de Bhola de 1970 causou mais de 300 000 mortes em Bangladesh. Algumas regiões do mundo estão mais propensas a serem atingidas por ciclones tropicais do que outras: o leste da China costuma ser atingida por dez ciclones por ano, enquanto que nas Filipinas este número pode chegar a vinte. Japão, Austrália, Madagascar, os países do Caribe, México e os Estados Unidos também são atingidos por ciclones todo ano, mas em geral esses países estão mais preparados para a eventual chegada de um ciclone tropical: os Estados Unidos, por exemplo, têm uma agência especial para a previsão e monitoramento de ciclones, o Centro Nacional de Furacões. Entretanto, outros países são menos propensos ou nunca recebem em suas costas um ciclone tropical. Os países banhados pelo Mar Arábico e o Golfo de Bengala podem ser afetados por ciclones tropicais de grande intensidade uma vez em cinco anos, enquanto que o Atlântico Sul, onde as águas são demasiadamente frias para suportar ciclones tropicais, a geração desses sistemas têm ficado mais comum.

Atualização 30/10/2012

http://s2.glbimg.com/fMesGr4emc01j5cYVvtj2NDrHWb93nk3KUGcbwzBsJJIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/10/30/1_3.jpg
 Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30) (Foto: AP)

Como é escolhido o nome de um furacão?

Inicialmente, eles não tinham nome ou eram identificados pelo santo do dia em que atingiam a terra.
Segundo historiadores, foi um meteorologista australiano que, no começo do século XX, começou a dar aos furacões nomes de pessoas comuns, especialmente daquelas que ele detestava.

A partir de 1953, o serviço de meteorologia adotou formalmente nomes de mulheres para identificar as tormentas. Em 1979 começaram a ser usados também nomes masculinos. Hoje, o comitê da Organização Meteorológica Mundial, com sede em Genebra, é quem decide.

Os nomes não devem ser traduzidos e são escolhidos nos idiomas das regiões afetadas. Assim, as tormentas no oceano Atlântico Norte recebem nomes próprios em inglês, espanhol e francês. Para cada temporada, são feitas listas com 21 nomes, em ordem alfabética, alternando masculinos e femininos.

As letras q, u, x, y e z não são usadas, porque poucos nomes começam com elas. Este ano, o último da lista é Wilma. Se houver mais de 21 tormentas, o que nunca ocorreu, a identificação segue com as letras do alfabeto grego: furacão Alfa, Beta, Gamma e assim por diante. Todo ano, há uma lista predeterminada com nomes comuns (aos países anglo-saxônicos) e curtos, que intercalam um nome de homem e um de mulher na seqüência alfabética (feito desta maneira desde os anos 70). Se no período desse ano, ocorrerem mais fenômenos que os nomes definidos na lista, a Organização Meteorológica Mundial em 2005 teve que apelar (pela primeira vez na história) ao alfabeto grego, ou seja, os próximos fenômenos tiveram os nomes: ALFA, BETA, e assim por diante.
(Texto extraído de http://www.paralerepensar.com.br/josefier_furacoesenomesdemulher.htm em 30/10/2012)

Lista de nomes de ciclones tropicais

Lista de nomes de furacões do Atlântico



Lista de nomes de furacões do Pacífico nordeste
 

De acordo com a NOAA:

"Sempre que um furacão causa um impacto significativo, o país afetado pela tempestade pode solicitar que o nome do furacão seja "aposentado" por acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Na verdade, aposentar um nome significa que ele não poderá ser usado pelo menos por 10 anos para facilitar referências históricas, ações legais, atividades de indenização por seguro, etc, e evitar a confusão do público com outra tempestade de mesmo nome".



Leia mais em:




sábado, 6 de outubro de 2012

A primeira fratura


Materia originalmente postada em http://solonaescola.blogspot.com.br/2012/03/primeira-fratura.html
 e ampliada nesta postagem.

No mês de fevereiro/12 saiu uma notícia muito interessante na Revista FAPESP, e vamos discutir um pouco aqui. Quem quiser ter acesso à matéria na íntegra, é só clicar aqui.
"Por pouco, uma boa porção do que hoje é o Nordeste brasileiro não se tornou parte da África durante a movimentação dos grandes blocos rochosos que formam os continentes, a chamada deriva continental. A hipótese de que o Nordeste pudesse ter se partido surgiu nos anos 1960 e ganhou agora o reforço de evidências obtidas por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade de Brasília (UnB).
  
A pesquisa, publicada no Journal of Geodynamics, retrata a evolução da chamada bacia Potiguar, formação localizada na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, a última parte da América do Sul a se desprender da África.
Como se sabe, ao longo do tempo geológico, os continentes estão numa dança constante, ora se juntando, ora se afastando, em razão da dinâmica das placas tectônicas. Essas placas rígidas, de até 100 quilômetros de espessura, deslizam vagarosamente carregando consigo o que há em cima delas, como se fossem imensas balsas navegando sobre o interior pastoso da Terra.

 A lava é um material que deriva diretamente do magma, o material em fusão que se encontra sob a superfície da Terra.

Cerca de meio bilhão de anos atrás, África, América do Sul, Austrália, península Arábica, Índia e Antártida estavam reunidas num supercontinente que os geólogos batizaram de Gondwana. A região era instável, como seria de esperar de um pedaço de terra em via de se dividir em dois. A separação completa entre América do Sul e África aconteceu cerca de 100 milhões de anos atrás. O racha deu origem à bacia Potiguar, do lado sul-americano, e à bacia Benue, do lado africano. No meio, nasceu o oceano Atlântico.


 
 A linha vermelha marca a área onde provavelmente ocorreu o início da separação entre África e América do Sul, que gerou as fraturas sobre as quais se assentam as bacias Potiguar, Jatobá e Tucano-Recôncavo, no Nordeste brasileiro 

Pode parecer estranho, mas a massa terrestre – responsável pelo campo gravitacional – não está igualmente distribuída em todo o globo. Por conta disso, há flutuações regionais e, analisando-as, os geofísicos conseguem calcular o que há por baixo do solo. A mesma coisa se dá com relação ao campo magnético. Dependendo da composição das rochas sob o solo, ele aparece com maior ou menor intensidade.
Com a análise precisa dos dados da Potiguar, eles conseguiram identificar o alinhamento e a presença de uma fratura muito profunda – acredita-se que esse seja o sinal mais claro de que Gondwana originalmente começou a se partir naquela região, em vez de mais para o leste, como acabou ocorrendo milhões de anos mais tarde.
Uma contribuição dos novos resultados é realimentar a pesquisa básica. Ou seja, tudo começa com prospecção científica, passa à exploração econômica, que agora, com os dados colhidos, leva tudo de volta à ciência. E assim o ciclo prossegue."

Terra daqui a 100 milhões de anos

                                                                           A Visão de Espaço - Países e Litorais


Até a próxima.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sabe que dia é hoje?

20/03/2012, uma terça-feira, claro!
Mas, não é só isso. Hoje ocorre o equinócio de outono, ocasião em que o dia e a noite duram o mesmo tempo em qualquer ponto da superfície terrestre, ou seja, 12 horas de duração. Outra data como esta só em setembro, no dia 22, quando ocorre o equinócio de primavera.

Os equinócios

Os equinócios são estágios intermediários entre o solstício de verão e o de inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar se dá exatamente sobre a linha do Equador.
Então, diz-se que é equinócio de outono para o hemisfério que está indo do verão para o inverno e equinócio de primavera para o hemisfério que está indo do inverno para o verão.
A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul. As datas dos equinócios variam de um ano para o outro.

Iluminação da Terra pelo Sol no momento do equinócio.



Observe a imagem abaixo, ela foi postada pelo Rodrigo, aluno de física na UERJ, postou no seu blog


Na primeira foto, tirada em junho (próxima ao solstício de inverno), o Sol de põe no ponto 1, e apresenta deslocamento máximo em direção nordeste. 
Na quarta foto, em dezembro (próximo ao solstício de verão), o Sol se põe no seu deslocamento máximo à sudeste. 
Depois disso, retorna em direção ao leste (ponto 2), que marca o equinócio, apresentado na quinta fotografia. Obviamente, trata-se de um ciclo anual.

Fonte complementar: http://www.silvestre.eng.br/astronomia/fenomenos/estacoes/2012/

Leia o artigo completo em http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2049947878001901119#editor/target=post;postID=8539799245407499982

Forte abraço.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Como funciona o ano bissexto?

Todos sabem o que ele significa, mas você realmente sabe como ele é medido?

          Hoje é dia 29 de fevereiro, uma data que ocorre apenas a cada quatro anos, no ano bissexto. Mas você sabe como um ano é medido? Que cálculos foram feitos para que tivéssemos um calendário assim, todo certinho?

Você não imagina o trabalho!

          Na verdade, o nosso calendário anual não é perfeito, e foram necessários muitos cálculos e ajustes para que fosse possível criar o modelo que utilizamos no nosso dia a dia.
Um ano — ou 365 dias — é o tempo aproximado que a Terra leva para completar uma volta ao redor do sol. O problema é que demoramos um pouquinho mais do que isso: na verdade, levamos 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos para completar essa volta.
Então, como são distribuídos os dias no calendário, se na verdade sobram quase seis horas nessa conta? Esse fato deu o maior trabalho.
          Os astrônomos começaram por dividir o ano em meses de 30 e 31 dias, exceto pelo mês de fevereiro, que ficou com 28. Para ajustar no calendário as horas que sobram, de quatro em quatro anos temos um dia a mais — 366 —, resultado da soma de todas elas. Assim, fevereiro fica com 29 dias.

E por que alguns anos têm mais dias que outros?

          A Terra não completa exatamente 365 voltas sobre o seu eixo enquanto orbita ao redor do sol, pois ficam sobrando quase seis horas por ano.
Assim, se não fizéssemos os ajustes no calendário, depois de três décadas a diferença seria de uma semana a menos no ano. Passados alguns séculos, ela seria de alguns meses. Isso significa, por exemplo, que as estações do ano trocariam de lugar, e o nosso natal poderia realmente ocorrer no inverno. Pelo menos, o coitado do Papai Noel não morreria mais de calor!
Porém, isso fez com que os astrônomos se vissem com mais um problema nas mãos.

Mais cálculos

          Os astrônomos perceberam que 365 dias não eram suficientes para ajustar todos os dias do calendário anual, enquanto que 366 eram dias demais. A solução encontrada para solucionar esse problema foi acrescentar um dia a mais ao calendário a cada quatro anos.
Como a cada ano ficam faltando aproximadamente seis horas para completar o calendário, depois de quatro anos elas somam 24 horas, ou seja, o dia que faltava!

Calma. Não foi tão simples assim

          Para se certificarem de que a conta estava correta, os astrônomos decidiram refazer todos os cálculos. Eles então descobriram que, adicionando um dia ao calendário a cada quatro anos, depois de 100 anos teríamos uma diferença de um dia a mais.
E, se não acrescentassem esse dia a cada 100 anos, pulando o ano bissexto, depois de 400 anos ainda sobraria 1 dia.

Novos ajustes

          Foi então que, depois de calcular e recalcular, deliberar e discutir, eles chegaram às seguintes regras:
  • Todos os anos múltiplos de 400 são bissextos — exemplos: 1600, 2000, 2400, 2800;
  • Todos os anos múltiplos de 4, mas não múltiplos de 100, também são bissextos — exemplos: 1996, 2004, 2008, 2012.
         O novo método não é completamente perfeito, mas seguindo a nova regra estabelecida, somente teremos um dia sobrando no nosso calendário depois de oito mil anos — tempo mais que suficiente para que alguém resolva inventar uma maneira mais precisa de contar os dias do ano.

E aí, você se habilita?

Originalmente publicado em:
http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/20049-como-funciona-o-ano-bissexto-.htm